Para um dos rappers mais influentes da história, a discografia de Diddy é surpreendentemente escassa. Chegando três décadas depois de ele ter feito sucesso na indústria, “The Love Album: Off the Grid” é apenas seu quinto álbum de estúdio, e o primeiro como Diddy, isso porque o artista cujo o nome verdadeiro é Sean Combs originalmente usava o codinome Puffy, depois mudou para Puff Daddy e ainda usou o nome de P Diddy.
Isso é menos estranho quando você leva em conta as particularidades de seu legado – os empreendimentos comerciais que fizeram dele um dos maiores magnatas do rap; a habilidade de produção que ajudou a unir o hip-hop ao R&B – mas ainda parece algo que este disco de 24 faixas foi projetado para compensar.
Ou, pelo menos, essa é a impressão inicial. O álbum abre de forma muito promissora com “Brought My Love“, um encontro extático entre o meloso soul dos anos 70 e o rap movido a fanfarronice que faz riffs de “Hypnotize“, sucesso de 1997 lançado por Notorious BIG e produzido por Sean Combs. A partir de então, no entanto, Diddy parece desaparecer, tocando por alguns segundos em várias faixas, mas em grande parte entregando o microfone ao seu exército de colaboradores de renome como The Weeknd, Mary J Blige, John Legend e Burna Boy.
Sean Combs, o produtor, não perdeu o talento para novidades: a balada sentimental de Swae Lee, “Tough Love“, é auto ajustada ao ponto da arte pós-moderna, enquanto Justin Bieber canta em um cenário barulhento e vibrante em “Moments“. No entanto, você inevitavelmente se encontra procurando por sua presença vocal entre o exuberante e agitado R&B, apenas para eventualmente descobri-lo envolvido em uma conversa um tanto assustadora com uma protegida feminina em “Intermission“. Tudo isso resulta em um retorno estranhamente insatisfatório, embora sugira que o Top 40 seria muito mais interessante com apenas a produção de Diddy.
FLIPPER HITZ 